21 de agosto de 2013

SIMCHAT TORÁ - A ALEGRIA DA TORÁ


União e igualdade de direitos são temas-chave de Shemini Atsêret e Simchat Torá, datas nas quais nos alegramos com a Torá. A melhor maneira de celebrar Simchat Torá seria dedicar os dois dias à leitura da Torá. Mas é justamente o contrário que ocorre. Todos os judeus, sem exceção, pegam a Torá fechada e dançam com ela nos braços.
O ato encerra uma grande lição: se os festejos fossem realizados com a Torá aberta, com sua leitura, haveria distinções entre um judeu e outro, pois a compreensão e o conhecimento de cada um são diferentes. Com a Torá fechada, mostramos a união e a igualdade de todos os judeus, unidos pela mesma alegria. O texto não é lido, mas todos sabem que é algo precioso e, por isso, dançam juntos e em total alegria.


ASSERÊT YEMÊ TESHUVÁ - OS 10 DIAS ENTRE ROSH HASHANÁ E YOM KIPUR (YIOMIM NORAIM)


No dia seguinte a Rosh Hashaná, ocorre o Jejum de Guedalyá, em lembrança ao assassinato do governador da Terra de Israel e à dispersão dos judeus remanescentes (no ano 3339 após a Criação).
Shabat Shuvá (entre Rosh Hashaná e Yom Kipur), quando lemos a Haftará Shuvá Yisrael (Retorna, Ó Israel), constitui-se num dos sábados mais importantes do ano. Até a chegada da véspera de Yom Kipur, o dia no qual nosso destino é selado para o ano todo.

.O TEMOR A DEUS:

"Afinal, tudo já foi ouvido: teme a D'us e guarda Seus mandamentos, pois este é o [dever do] homem completo".
Não é de se estranhar que o conselho acima tenha sido dado pelo maior e mais poderoso rei que já existiu: o rei Salomão. Nunca houve um rei mais glorioso e forte, que governou sobre o Reino de Israel. D'us lhe deu grande sabedoria quando, aos doze anos, herdou o trono de seu ilustre pai, o rei David. Todos os segredos da Criação lhe foram revelados. Ele compreendia a linguagem de todas as criaturas: das árvores, dos pássaros, dos insetos e dos animais. Podia dominar o vento e os espíritos; os demônios o serviam conforme a sua vontade. Sua fama espalhou-se pelo mundo. Os mais poderosos reis e chefes dos confins da Terra, vieram oferecer-lhe respeito, ouvir sua sabedoria e pagar-lhe tributos.


PRIMEIRO DE TISHREI: O ANIVERSÁRIO DO MUNDO COMO O CONHECEMOS - ROSH HASHANÁ (CABEÇA DO ANO)




O mês de Tishrei é o sétimo no calendário judaico. Isso pode parecer estranho, pois Rosh Hashaná, o Novo Ano, é no primeiro e segundo dia de Tishrei. A razão é que a Torá fez o mês de Nissan o primeiro do ano, para enfatizar a importância histórica da libertação do Egito, que aconteceu no décimo quinto dia daquele mês, e que assinalou o nascimento de nossa nação. Entretanto, de acordo com a tradição, o mundo foi criado em Tishrei, ou mais exatamente, Adam (Adão) e Chava (Eva) foram criados no primeiro dia de Tishrei, que foi o sexto dia da Criação, e é a partir deste mês que o ciclo anual se inicia. Por isso, Rosh Hashaná é celebrado nesta época.
Há doze meses no ano, e há doze Tribos em Israel. Cada mês do ano judaico tem sua Tribo representativa. O mês de Tishrei é o mês da Tribo de Dan. Isto tem um significado simbólico, pois quando Dan nasceu, sua mãe Lea disse: "D'us julgou-me e também atendeu à minha voz." Dan e Din (Yom HaDin, Dia do Julgamento) são ambos derivados da mesma raiz, simbolizando que Tishrei é a época do Julgamento Divino e do perdão. Similarmente, cada mês do calendário judaico tem seu signo no Zodíaco (em hebraico mazal). O mazal de Tishrei é a Balança. Este é o símbolo do Dia do Julgamento, quando D'us pesa as boas e as más ações do ser humano.
Embora cada Lua Nova seja anunciada e abençoada na sinagoga no Shabat que a precede, a Lua Nova de Tishrei não é anunciada nem abençoada, pois o próprio D'us a abençoa. O aspecto místico de Rosh Hashaná é indicado nas Escrituras: "Soe o shofar na Lua Nova, em ocultamento do dia de nossa festa."