31 de dezembro de 2012

POEMA: SER JUDEU



Autor: Jorge Linhaça

Ser judeu é mais do que nascer em Israel
É no meio das guerras erguer preces ao céu
É mais do que viver uma religião
É entender do amor a mais pura expressão

Ser judeu é trazer em si a esperança
Mesmo no meio de sangrenta matança
É jamais duvidar do poder de Elohim
É acreditar que o ódio gratuito terá fim

Ser judeu é ter orgulho do seu povo
É fazer o deserto florescer como uma rosa
É reconstruir a vida sempre de novo
É não sucumbir a uma guerra odiosa

Ser judeu não é só de sangue a questão
Ser judeu é um modo de vida diferente
É acreditar nas bênçãos em profusão
Dadas por um Deus sempre presente

Ser judeu é saber perdoar o inimigo
É não olhar apenas para o próprio umbigo
É usar bem os dons que Deus lhe deu
É crer na vinda do messias que Adonai Prometeu

SHALOM

22 de dezembro de 2012

POR QUE OS JUDEUS NÃO ACREDITAM EM JESUS?




RESPOSTA:
Por séculos os judeus foram perseguidos por sua fé e prática religiosa. Muitos tentaram impor suas idéias e aniquilar o judaísmo. Nem as cruzadas, nem a inquisição implacável, nem os pogroms conseguiram manipular nossas almas cumprindo seu intento.
O judaísmo mantém sua chama sempre viva. A história comprova: os judeus continuam rejeitando o Cristianismo. Por quê? Porque somos simplesmente judeus, nascemos e vivemos o judaísmo e temos nossas próprias convicções. Mas quando judeus são seguidamente questionados sobre esta questão e não-judeus frequentemente perguntam: "Por que os judeus não acreditam em Jesus?" Preparamos alguns argumentos com o objetivo, não de depreciar outras religiões, pois respeitamos a todos e por esta razão não fazemos proselitismo, mas sim apenas para esclarecer a posição judaica.

JESUS NÃO PREENCHEU AS PROFECIAS MESSIÂNICAS
O que o Messias deveria atingir? A Torá diz que ele:
a - Construirá o terceiro Templo Sagrado (Yechezkel 37:26-28)
b - Levará todos os judeus de volta à Terra de Israel (Yeshayáhu 43:5-6).
c - Introduzirá uma era de paz mundial, e terminará com o ódio, opressão, sofrimento e doenças. Como está escrito: "Nação não erguerá a espada contra nação, nem o homem aprenderá a guerra." (Yeshayáhu 2:4).
d - Divulgará o conhecimento universal sobre o D'us de Israel - unificando toda a raça humana como uma só. Como está escrito: "D'us reinará sobre todo o mundo - naquele dia, D'us será Um e seu nome será Um" (Zecharyá 14:9).
O fato histórico é que Jesus não preencheu nenhuma destas profecias messiânicas.

2. CRISTIANISMO CONTRADIZ A TEOLOGIA JUDAICA
a - D'us em três?
A idéia cristã da trindade quebra D'us em três seres separados: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (mateus 28:19).
Compare isto com o Shemá, a base da crença judaica: "Ouve, ó Israel, o Eterno nosso D'us, o Senhor é UM" (Devarim 6:4). Os judeus declaram a unicidade de D'us todos os dias, escrevendo-a sobre os batentes das portas (Mezuzá), e atando-a à mão e cabeça (Tefilin). Esta declaração da unicidade de D'us são as primeiras palavras que uma criança judia aprende a falar, e as últimas palavras pronunciadas antes de morrer.
Na Lei Judaica, adorar um deus em três partes é considerado idolatria - um dos três pecados cardeais, que o judeu prefere desistir da vida a transgredir. Isto explica porque durante as Inquisições e através da História, os judeus desistiram da vida para não se converterem.

b - Um homem como deus?
Os cristãos acreditam que D'us veio à terra em forma humana, como disse Jesus: "Eu e o Pai somos um" (João 10:30).
Maimônides devota a maior parte do "Guia para os perplexos" a idéia fundamental que D'us é incorpóreo, significando que Ele não assume forma física. D'us é eterno, acima do tempo. É infinito, além do espaço. Não pode nascer, e não pode morrer. Dizer que D'us assume forma humana torna D'us pequeno, diminuindo tanto Sua Unidade como Sua Divindade. Como diz a Torá: "D'us não é um mortal" (Bamidbar 23:19).
O Judaísmo diz que Messias nascerá de pais humanos, com atributos físicos normais, como qualquer outra pessoa. Não será um semi-deus, e não possuirá qualidades sobrenaturais. De fato, em cada geração vive um indivíduo com a capacidade de tornar-se o Messias. (veja Maimônides - Leis dos Reis 11:3).

c - Um intermediário para a oração?
É uma idéia básica na crença cristã que a prece deve ser dirigida através de um intermediário - i.e., confessando-se os pecados a um padre. O próprio Jesus é um intermediário, pois disse: "Nenhum homem chega ao Pai a não ser através de mim."
No Judaísmo, a prece é assunto totalmente particular, entre cada pessoa e D'us. A Torá diz: "D'us está perto de todos que clamam por Ele" (Tehilim 145:18). Além disso, os Dez Mandamentos declaram: "Não terá outros deuses DIANTE DE MIM," significando que é proibido colocar um mediador entre D'us e o homem. (veja Maimônides - Leis da Idolatria cap. 1).

d - Envolvimento no mundo físico
O Cristianismo freqüentemente trata o mundo físico como um mal a ser evitado. Maria, a mais sagrada mulher cristã, é retratada como uma virgem. Padres e freiras são celibatários. E os mosteiros estão em locais remotos e segregados.
Em contraste, o Judaísmo acredita que D'us criou o mundo físico não para nos frustrar, mas para nosso prazer. A espiritualidade judaica vem através do envolvimento no mundo físico de maneira tal que ascenda e eleve. O sexo no contexto apropriado é um dos atos mais sagrados que podemos realizar.
O Talmud diz que se uma pessoa tem a oportunidade de saborear uma nova fruta e recusa-se a fazê-lo, terá de prestar contas por isso no Mundo Vindouro. As escolas rabínicas ensinam como viver entre o alvoroço da atividade comercial. Os judeus não se afastam da vida, elevam-na.

3. JESUS NÃO PERSONIFICA AS QUALIFICAÇÕES PESSOAIS DO MESSIAS
a - Messias como profeta
Jesus não foi um profeta. A profecia apenas pode existir em Israel quando a terra for habitada por uma maioridade de judeus. Durante o tempo de Ezra (cerca de 300 AEC), a maioria dos judeus recusou-se a mudar da Babilônia para Israel, e assim a profecia terminou com a morte dos três últimos profetas - Chagai, Zecharyá e Malachi.
Jesus apareceu em cena aproximadamente 350 anos após a profecia ter terminado.

b - Descendente de David
O Messias deve ser descendente do Rei David pelo lado paterno (veja Bereshit 49:10 e Yeshayáhu 11:1). Segundo a reivindicação cristã que Jesus era filho de uma virgem, não tinha pai - e dessa maneira não poderia ter cumprido o requerimento messiânico de ser descendente do Rei David pelo lado paterno!

c - Observância da Torá
O Messias levará o povo judeu à completa observância da Torá. A Torá declara que todas as mitsvot permanecem para sempre, e quem quer que altere a Torá é imediatamente identificado como um falso profeta. (Devarim 13:1-4).
No decorrer de todo o Novo Testamento, Jesus contradiz a Torá e declara que seus mandamentos não se aplicam mais. (veja João 1:45 e 9:16, Atos 3:22 e 7:37).

4. VERSÍCULOS BÍBLICOS "REFERINDO-SE" A JESUS SÃO TRADUÇÕES INCORRETAS
Os versículos bíblicos apenas podem ser entendidos estudando-se o texto original em hebraico - que revela muitas discrepâncias na tradução cristã.

a - Nascimento virgem
A idéia cristã de um nascimento virgem é extraído de um versículo em Yeshayáhu descrevendo uma "alma" que dá à luz. A palavra "alma" sempre significou uma mulher jovem, mas os teólogos cristãos séculos mais tarde traduziram-na como "virgem". Isto relaciona o nascimento de Jesus com a ideia pagã do primeiro século, de mortais sendo impregnados por deuses.

b - Crucifixão
O versículo em Tehilim 22:17 afirma: "Como um leão, eles estão em minhas mãos e pés." A palavra hebraica ka'ari (como um leão) é gramaticalmente semelhante à palavra "ferir muito". Dessa maneira o Cristianismo lê o versículo como uma referência à crucifixão: "Eles furaram minhas mãos e pés."

c - Servo sofredor
Os cristãos afirmam que Yeshayáhu (Isaías) 53 refere-se a Jesus. Na verdade, Yeshayáhu 53 segue diretamente o tema do capítulo 52, descrevendo o exílio e a redenção do povo judeu. As profecias são escritas na forma singular porque os judeus (Israel) são considerados como sendo uma unidade. A Torá está repleta de exemplos de referências à nação judaica com um pronome singular.
Ironicamente, as profecias de perseguição de Yeshayáhu referem-se em parte ao século 11, quando os judeus foram torturados e mortos pelas Cruzadas, que agiram em nome de Jesus.
De onde provêm estas traduções erradas? S. Gregório, Bispo de Nanianzus no século IV, escreveu: "Um certo jargão é necessário para se impor ao povo. Quantos menos compreenderem, mais admirarão."

5. A CRENÇA JUDAICA É BASEADA NA REVELAÇÃO NACIONAL
Das 15 mil religiões na História Humana, apenas o Judaísmo baseia sua crença na revelação nacional - i.e., D'us falando a toda a nação. Se D'us está para iniciar uma religião, faz sentido que Ele falará a todos, não apenas a uma pessoa.
O Judaísmo,é a única entre todas as grandes religiões do mundo que não confia em "reivindicações de milagres" como base para estabelecer uma religião. De fato, a Torá afirma que D'us às vezes concede o poder de "milagres" a charlatães, para testar a lealdade judaica à Torá (Devarim 13:4).

Maimônides declara (Fundações da Torá, cap. 8
"Os Judeus não creram em Moshê (Moisés), nosso mestre, por causa dos milagres que realizou. Sempre que a crença de alguém baseia-se na contemplação de milagres, tem dúvidas remanescentes, porque é possível que os milagres tenham sido realizados através de mágica ou feitiçaria. Todos os milagres realizados por Moshê no deserto aconteceram porque eram necessários, e não como prova de sua profecia.
"Qual era então a base da crença judaica? A revelação no Monte Sinai, que vimos com nossos próprios olhos e ouvimos com nossos ouvidos, não dependendo do testemunho de outros... como está escrito: 'Face a face, D'us falou com vocês...' A Torá também declara: 'D'us não fez esta aliança com nossos pais, mas conosco - que hoje estamos todos aqui, vivos.' (Devarim 5:3)."
O Judaísmo não são os milagres. É o testemunho da experiência pessoal de todo homem, mulher e criança.

6. JUDEUS E GENTIOS
O Judaísmo não exige que todos se convertam à religião. A Torá de Moshê é uma verdade para toda a Humanidade, seja judia ou não. O Rei Salomão pediu a D'us para considerar as preces de não-judeus que vão ao Templo Sagrado (Reis I, 8:41-43). O profeta Yeshayáhu refere-se ao Templo Sagrado como uma "Casa para todas as nações." O serviço no Templo durante Sucot realizava 70 oferendas de touros, correspondendo às 70 nações do mundo. De fato, o Talmud diz que se os Romanos tivessem percebido quantos benefícios estavam conseguindo do Templo, jamais o teriam destruído.
Os judeus nunca buscaram ativamente converter as pessoas ao Judaísmo, porque a Torá prescreve um caminho correto para que os gentios o sigam, conhecido como "As Sete Leis de Nôach." Maimônides explica que qualquer ser humano que observe fielmente estas leis morais básicas recebe um lugar apropriado no céu.


7. TRAZENDO O MESSIAS
De fato, o mundo está desesperadamente necessitado da Redenção Messiânica. A guerra e a poluição ameaçam nosso planeta; o ego e a confusão estão erodindo a vida familiar. Na mesma extensão em que estamos conscientes dos problemas da sociedade, é a extensão em que ansiamos pela Redenção. Como declara o Talmud, uma das primeiras perguntas que um judeu recebe no Dia do Julgamento é: "Você ansiou pela vinda do Messias?"
Como podemos apressar a vinda de Mashiach? A melhor maneira é amar generosamente toda a humanidade, cumprir as mitsvot da Torá (da melhor maneira que pudermos) e encorajar outros para que as cumpram também.
O Mashiach pode chegar a qualquer momento e tudo depende de nossas ações. D'us estará pronto quando estivermos. Pois, como disse o Rei David: "A Redenção chegará hoje - se derem atenção à Sua voz."

Por Rabino Shraga Simmons - Aish.com

13 de dezembro de 2012

CEMITÉRIO ISRAELITA DE VILA ROSALI

O Cemitério Israelita de Vila Rosali é uma das principais necrópoles destinadas ao sepultamento de membros da comunidade judaica do Rio de Janeiro. Foi fundado em outubro de 1920, quando a "Chevra Kadisha" (Sociedade Sagrada), entidade que cuida dos funerais judaicos, adquiriu um terreno junto à linha férrea, no atual município de São João de Meriti.
Grande parte da coletividade judaica vivia nesta época na Baixada Fluminense, em especial no atual município de Nilópolis, e a localização daquele cemitério atendia às necessidades. Dois ilustres estão sepultados nele, a atriz Dina Sfat e o empresário Adolpho Bloch.

Endereço:

Fonte:
Autora: Fridman, Fania
Livro: "Paisagem Estrangeira - memória de um bairro judeu no Rio de Janeiro" (Casa da Palavra - 2007)

CONGREGAÇÃO JUDAICA DO BRASIL (CJB) INAUGURA CEMITÉRIO PARQUE ISRAELITA DO RIO DE JANEIRO



Entidade fundadora: Congregação Judaica do Brasil (CJB) 

A Congregação Judaica do Brasil tem suas fontes em duas nascentes: uma proveniente do Movimento Conservador (Conservativo) e outra do Movimento Renewal. O Midrash Centro Cultural pertence a Congregação Judaica do Brasil que institucionalmente esta filiada tanto ao World Council of Synagogues do Movimento Conservador como ao Network of Jewish Renewal Communities. O rabino Nilton Bonder tem ordenação por ambos os movimentos tendo smicha (ordenação rabínica) do Jewish Theological Seminary, órgão acadêmico principal do Movimento Conservador, e também de Reb Zalman Schachter, expoente maior do Movimento Renewal.


Como se deu a idealização deste projeto?

Um novo Cemitério Israelita com algumas adequações aos nossos tempos é mais do que uma necessidade para a comunidade judaica do Rio. Primeiramente, um cemitério que pudesse estar próximo de um complexo de cemitérios não-judaicos para atender a realidade de famílias compostas de membros de outras tradições. Segundo, um cemitério com custos mais acessíveis e serviços de qualidade. Além também do desejo de criar um espaço com uma atmosfera mais leve para tornar estes momentos menos difíceis às famílias. Para tal queríamos um cemitério que não estivesse tão distante, que tivesse segurança e cuja paisagem inspirasse serenidade e conforto ao invés de temor. Por esta razão optamos pelo Cemitério Parque, uma realidade já em outros países. E daí a parceria com o Grupo Jardim da Saudade que é pioneiro na construção de cemitérios parque em todo o Brasil.

O que é um Cemitério-Parque?

É um cemitério moderno que ao invés de lápides em forma de monumentos, utiliza lápides em memória, que são colocadas na grama. Isso permite que o local se transforme em um grande jardim. Este conceito visa propiciar ao visitante uma atmosfera de paz e quietude próprias à meditação e que dignificam a memória de entes queridos.

É permitido o uso destas placas pela tradição judaica?

Sim. Existem inúmeros cemitérios parques judaicos no mundo. A própria tradição judaica desencoraja o uso de pedras muito grandes e ornamentadas porque segundo os sábios "os feitos é que são nossos grandes monumentos". As placas em memória registram apenas o nome em português e hebraico, as datas de nascimento e falecimento e demarcam se havia descendência de Kohen ou Levi.

Quem pode ser sepultado neste Cemitério?

O Cemitério Parque Israelita é, como designa a lei judaica, uma área exclusiva para membros da comunidade judaica. Como tal ele está delimitado possuindo entrada e instalações independentes do Jardim da Saudade. Ao mesmo tempo, por fazer parte de um complexo de cemitérios parque, vem atender à crescente demanda de famílias compostas por membros não judeus. Estes, mesmo não podendo ser sepultados lado a lado, poderão estar próximos no mesmo complexo ou no mesmo grande parque que se constitui o empreendimento.

O que são as áreas "dos afins?"

Áreas próximas ao Cemitério Israelita foram designadas pelo Jardim da Saudade como áreas de pessoas "afins". Pessoas aparentadas de membros da comunidade judaica poderão optar por estas áreas que estão sob a responsabilidade do Jardim da Saudade e de distintas orientações religiosas. Não há qualquer vínculo do Cemitério Israelita com estas áreas, mas elas foram destacadas para atender esta realidade, que hoje separa famílias e que no futuro poderá ser um grande promotor do abandono das práticas mortuárias judaicas.

Como são respeitadas as práticas da tradição judaica?

Cemitério Parque Israelita será mantido e operado de acordo com as leis tradicionais judaicas supervisionadas por um Chevra Kadisha da Congregação Judaica do Brasil. Serão observadas as práticas de Sh'mira ("vigília"); Tahará (lavagem e purificação); Tach'ricim (vestimenta): Kvura bi-Karka (sepultamento diretamente na terra) e todas as práticas rituais judaicas.

Este será um cemitério comunitário?

A associação com o Jardim da Saudade não descaracteriza o aspecto comunitário de nosso cemitério. O mesmo prestará serviço a todas as sinagogas que assim desejarem e a todos os membros da comunidade judaica. A Congregação Judaica do Brasil será responsável por um fundo assistencial a pessoas carentes e destinará recursos provenientes deste empreendimento para atividades e fins comunitários.

Localização:

A 20 minutos da Barra da Tijuca, o Cemitério Parque Israelita do RJ é uma área junto ao Cemitério Jardim da Saudade de Paciência, entre Guaratiba e Campo Grande. Trata-se de um belíssimo vale de extensa área verde, facilmente acessível e sem passar por áreas de urbanização desorganizada. É uma vasta área com possibilidades de expansão já sancionadas perpetuamente como um cemitério israelita.

Atendimento: 24h

Tel.: (21) 8819-1818
Congregação Judaica do Brasil:  (21) 2492-1260 / 2493-5735 - www.cjb.org.br - cjb@cjb.org.br


8 de dezembro de 2012

OS DOIS LOUCOS "ENSINAM" COMO MONTAR UM "ARBUSTO DE CHANUKÁ"


CANÇÃO "AI SE EU TE PEGO" CANTADA POR BRASILEIROS RADICADOS EM ISRAEL


PARÓDIA DA CANÇÃO "AI, SE EU TE PEGO" EM HEBRAICO COM LEGENDAS


HOMENAGEM DIVERTIDA AO CHANUKÁ


SUPREMA CORTE DE ISRAEL QUEBRA MONOPÓLIO ORTODOXO SOBRE AS CONVERSÕES

Por Jacques Pinto - JERUSALÉM, 31 mar 2005 (AFP)





A Suprema Corte de Israel abriu uma brecha no monopólio do rabinado ortodoxo sobre as conversões, ao publicar nesta quinta-feira (31) um decreto reconhecendo de fato a validade das conversões feitas por outras tendências derivadas do judaísmo, desde que estas sejam realizadas no exterior, não em Israel.

Esta decisão permitirá a pessoas convertidas pelas correntes Reformista ou Conservadora beneficiar-se da Lei do Retorno. O decreto foi imediatamente criticado pelos partidos ortodoxos e elogiado pelos laicos e pela esquerda.

A Lei do Retorno concede a qualquer judeu o direito de se estabelecer em Israel. Para a legislação israelense, são judias as pessoas de mãe judia ou as convertidas.

No entanto, desde a criação do Estado hebreu, em 1948, o rabinado ortodoxo manteve o controle sobre as conversões realizadas no país, exigindo que sejam feitas segundo o estrito cumprimento da Halachá (lei judaica).

Os diversos governos que se sucederam em Israel sempre haviam se resguardado, até agora, de questionar este monopólio do rabinado ortodoxo sobre as conversões no Estado hebreu, principalmente por causa do papel de árbitro que exerciam frequentemente os partidos ortodoxos no cenário político.

Em teoria, o Estado aceitava a validade das conversões feitas no exterior, mas na prática, o ministério do Interior, controlado durante muito tempo pelos partidos religiosos, exercia uma constante oposição.

O decreto desta quinta-feira, aprovado por sete votos, entre eles o do presidente da Suprema Corte Aharon Barak, contra quatro, encerra um caso aberto há seis anos por quinze pessoas.

Estas pessoas, instaladas legalmente em Israel, mas consideradas não judias, empreenderam uma conversão através dos movimentos reformista e conservador e viajaram ao exterior para completar este processo dentro destas comunidades.

Quando voltaram a Israel, elas solicitaram o benefício da Lei do Retorno, que lhes foi recusado a pretexto de que sua conversão havia sido iniciada em Israel. Mas a Suprema Corte acabou lhes dando razão.

"Segundo a Lei do Retorno, será considerada judia uma pessoa que viajou a Israel e que empreendeu uma conversão dentro de uma comunidade judaica reconhecida no exterior, onde foi finalizar seu processo de conversão depois de ter estudado o judaísmo dentro das tendências reformista ou conservadora em Israel", de acordo com o decreto emitido pela Suprema Corte nesta quinta-feira.

Os quinze requerentes poderão agora se beneficiar da ajuda substancial em matéria de alojamento e instalação concedida pelo governo aos novos imigrantes que vieram a Israel e se encaixam na Lei do Retorno.



Este decreto é crucial para os movimentos Reformista e Conservador do judaísmo. Nascidas na Alemanha, estas duas tendências têm uma interpretação bem menos rígida da lei judaica que os ortodoxos, e questionam alguns preceitos do Talmude. Minoritárias em Israel, elas são majoritárias nos Estados Unidos, onde vive quase a metade da comunidade judaica mundial.

O deputado Elie Yishai, líder do partido ultra ortodoxo Shass, não duvidou em comparar a decisão emitida nesta quinta-feira pela máxima instância jurídica do país a "um atentado terrorista com cinturão de explosivos contra a identidade do povo judeu".

Por sua vez, o deputado Yossef Lapid, dirigente do partido laico Shinui (oposição), elogiou o decreto da Suprema Corte, "que acaba com uma injustiça histórica contra as tendências reformista e conservadora".

O PESADELO DA CONVERSÃO - É MAIS FÁCIL QUANDO HÁ POR TRÁS A POLÍTICA


Autor: Samuel Auerbach

Netanya - Israel
Nos países democráticos, todas as pessoas são livres para praticar sua religião, ou para mudar sua crença, se sentem o contrário. Sérios problemas surgem quando essas conversões não são fáceis, como na religião judaica ortodoxa. A Halachá (Lei judaica) afirma que um judeu é quem nasceu de mãe judia, de acordo com a lei do ventre, ou que se converte ao judaísmo. Aquele que nasceu de mãe judia é judeu, mas não professa a religião, é judeu, mesmo se você mudar para outra religião. Este será um renegado judeu, mas vai ser judeu.
Para os religiosos ortodoxos israelenses, cuja autoridade é muito respeitada pela ortodoxia judaica no mundo, todos nós judeus somos obrigados a cumprir a lei do ventre, um fato que tem causado inúmeros problemas em Israel e muito mais ainda no exterior, onde os casamentos mistos são freqüentes.
Em Israel, a ortodoxia não reconhece como válidos os ritos e as conversões realizadas sob a orientação dos rabinos do Judaismo Reformista ou Conservador, principalmente porque eles não respeitam ao pé da letra a lei do ventre. O judeu convertido, na maioria dos casos, é um judeu que não tem uma vivencia aos costumes, as tradições e a cultura judaica desde a infância. Tem pouco em comum com aqueles judeus natos e é muitas vezes rejeitado nas comunidades judaicas.
A grande influência que exercem a crença bíblica de pertencermos ao povo escolhido, isso faz subestimar o gentio, o "goy", os rabinos com a tarefa de converter tem o poder de não simpatizar com o convertido e, na maioria das vezes, o processo de conversão é difícil, pesado e, às vezes, impossível. Existem casos que mostram essas exigências dos rabinos ortodoxos, as quais exigem das pessoas a ter que passar por obstáculos inexplicáveis, para serem convertidos em Israel ou no exterior.
Depois de cinco longos e duros anos de papelada e burocracias; cansados e desiludidos muitos abandonam o seu objetivo de se tornar judeu, Se exige dinheiro para se comprar livros religiosos, dinheiro para abrir a "pasta" e se obriga a se vestir de acordo com a lei ortodoxa e se tiver filho ele terá que estudar em uma escola religiosa, exige que o marido ou a mulher deva regularmente observar as práticas religiosas, mesmo quando o interessado em conversão é apenas um dos casais.
Entretanto, não é assim quando as razões são conversões que beneficiam a política. No passado, uma delegação israelense nacionalista ortodoxa viajou ao norte do Peru e demorou apenas duas semanas para converter 90 índios. Uma razão muito importante para acelerar esse processo de conversão foi, então, sob o pretexto de falta de alimento "kosher" no local de origem dos índios peruanos e que a comunidade judaica de Lima não os aceitava pelo seu baixo status social; assim foram levados para Israel como colonos para povoar os territórios ocupados (*).
Os Índios peruanos convertidos não tinham nada a ver com o judaísmo. Os judeus “anussim” (marranos – Judeus forçados à conversão cristã na Idade Média e Renascimento) ainda não foram convidados a ser convertidos, mas os índios peruanos sim. Os rabinos ortodoxos ofereceram em troca casa e boa comida, nos territórios ocupados, neste caso não foi nem necessário pedir dinheiro para livros ou para abrir "pastas". O importante neste caso foi fortalecer as colônias nos territórios ocupados por Israel e criar uma situação para que a área jamais seja devolvida (aos árabes).

Conclusão: Embora, a lei do ventre que domina a alma dos nossos rabinos ortodoxos seja muito importante, a mudança de sua conduta, será sempre modificada quando a política possa intervir logicamente ao seu interesse, como no caso dos índios do Peru.

Fontes:

. (*) "Como 90 peruanos se tornaram judeus?", publicado no "The Guardian", 07 agosto de 2002. Neri Chronicle Livneh.

. "Territórios do Peru", publicado em "O mundo.es" 11 de agosto de 2002. Neri Chronicle Livneh

. "Índios peruanos tornaram-se novos colonos judeus ortodoxos em territórios ocupados", publicado no "on-line da América Latina", 13 abril de 2004. Isaac Bigio artigo, analista internacional da London School of Economics.

Notas: Neri Livneh escreve para o jornal Haaretz.
. Jornal "The Guardian"


6 de dezembro de 2012

O QUE É A TORÁ?



Antes mesmo da Criação, D'us já possuía um plano para o mundo. A planta mestre, a Torá ("Ensinamentos" em hebraico), foi entregue no Monte Sinai testemunhada a milhares de pessoas. Os primeiros dois mandamentos foram pronunciados por D'us, mas o povo não aguentou o tremendo impacto; era como se suas almas fossem abandonar seus corpos, e então Moshê, o líder que guiou o povo judeu do deserto até se aproximar da terra de Israel, prosseguiu com os outros mandamentos. A cena foi o fato mais marcante de nossa história: o nascimento da nação judaica.

A Torá abrange todo o aprendizado passado de D’us para Moshê, e deste para as gerações seguintes. Tudo acabou sendo registrado através de centenas de milhares de volumes que compõem todos os ensinamentos de conduta, moral, preceitos e o código das Leis Judaicas. Os Dez Mandamentos, As Sete Leis de Nôach, os Treze Princípios de Maimônides, as porções e suas mensagens e histórias lidas e estudadas semanalmente são apenas uma pequena parte da Torá incluída semanalmente (Parchá). A sobrevivência milagrosa do povo judeu ao longo da história permeada por tanto sofrimentos e perseguições Não se deve ao acaso. A Torá foi, é e sempre será o nosso código de conduta e bênção de vida; o elo eterno entre D’us e o povo judeu. 






Fonte: Chabad.org.br

2 de dezembro de 2012

CHANUCÁ, FESTIVAL DAS LUZES



Chanucá ou Hanucá (חנכה ou חנוכה em Hebraico) é uma festa judaica, também conhecido como o Festival das luzes. "Chanucá" é uma palavra hebraica que significa "dedicação" ou "inauguração". A primeira noite de Chanucá começa após o pôr-do-sol do 24º dia do mês judaico de Kislev e a festa é comemorada por oito dias. Uma vez que na tradição judaica o dia do calendário começa no pôr-do-sol, o Chanucá começa no 25º dia.

História:

Por volta do ano de 200 a.C. os judeus viviam como um povo autônomo na terra de Israel, a qual, nessa época, era controlada pelo rei selêucida da Síria. O povo judeu pagava impostos à Síria e aceitava a autoridade dos selêucidas, sendo, em troca, livre para seguir sua própria fé e manter seu modo de vida.
Em 180 a.C. Antíoco IV Epifanes ascendeu ao trono selêucida. Braço remanescente do império grego, encontrou barreiras para sua dominação completa sobre o povo judeu, e o modo mais prático para resolver isso era dominar de vez a região de Israel (mais precisamente a Judéia, ao sul) impondo de maneira firme a cultura da Grécia sobre os judeus, eliminado, assim, aquilo que os unificava em qualquer lugar que estivessem: a Torá. O rei Antíoco ordenou que todos aqueles que estavam sob seu domínio (em específico Israel) abandonassem sua religião e seus costumes. No caso dos judeus, isso não funcionou, ao menos em parte. Muitos judeus, principalmente os mais ricos, aderiram ao helenismo (cultura grega) e ficaram odiados e conhecidos pelos judeus mais pobres como "helenizantes", uma vez que ficavam tentando fazer a cabeça do resto dos judeus para também seguirem a cultura grega. Antíoco queria transformar Jerusalém em uma "pólis" (cidade) grega, e conseguiu.




Em 167 a.C., após acabar com uma revolta dos judeus de Jerusalém, Antíoco ordenou a construção de um altar para Zeus erguido no Templo, fazendo sacrifícios de animais imundos (não kasher) sobre o altar, e proibiu a Torá de ser lida e praticada, sendo morto todo aquele que descumprisse tal ordem.
Na cidade de Modim (sul de Jerusalém), tem início uma ofensiva contra os greco-sírios, liderada por Matatias (Matitiahu) (um sacerdote judeu de família dos Hasmoneus) e seus cinco filhos João, Simão, Eliézer, Jonatas e Judas (Yehudá). Após a morte de Matatias, Yehudá toma à frente da batalha, com um pequeno exército formando em sua maioria por camponeses. Mesmo assim, os judeus lograram vencer o forte exército de Antíoco no ano 164 a.C, e libertaram Jerusalém, purificando o Templo Sagrado. Judas acabou conhecido como Judas Macabeu (Judas, o Martelo).




O festival de Chanucá foi instituído por Judas Macabeu e seus irmãos para celebrar esse evento. (Mac. 1 vers. 59). Após terem recuperado Jerusalém e o Templo, Judá ordenou que o Templo fosse limpo, que um novo altar fosse construído no lugar daquele que havia sido profanado e que novos objetos sagrados fossem feitos. Quando o fogo foi devidamente renovado sobre o altar e as lâmpadas dos candelabros foram acesas, a dedicação do altar foi celebrada por oito dias entre sacrifícios e músicas (Mac. 1 vers. 36).
Até aqui, viu-se a vitória do pequenino exército judeu, esse foi o primeiro milagre. O segundo milagre é mais sobrenatural e deu origem à festa de Chanuká. Após a purificação da Cidade Santa e da Casa de Deus, foi constatado que só havia um jarrinho de azeite puro no Templo com o selo intacto do Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) para que as luzes da Menorá fossem acesas, e isso duraria apenas um dia, mas milagrosamente durou oito dias, tempo suficiente para que um novo azeite puro fosse produzido e levado ao templo para o seu devido fim conforme manda a Torá (Ex 27:20-21). A Judéia ficou independente até a chegada do domínio romano em 63 a.C. A festa é realizada no dia 25 de Kislev (cai normalmente em dezembro), data onde o Templo foi reedificado. É uma festa marcada pelo clima familiar e pela grande alegria. Encontramos os fragmentos históricos de Chanuká nos livros "apócrifos" (secretos) de I e II Macabeus e também em escritos talmúdicos.




O mandamento principal de Chanuká hoje é o acendimento da Chanukia (Menorá - candelabro - de 9 braços). Oito braços são para lembrar o milagre dos oito dias em que a Menorá ficou acesa com azeite que era para ter durado apenas um dia! O outro braço, que é chamado de "shamash" - servente - é um braço auxiliar para o acendimento das outras velas. Segundo a tradição, somente ele (o shamash) pode ser usado para, se for o caso, iluminar a casa ou para outro fim, sendo que as outras velas só podem servir para o cumprimento do mandamento. A cada noite um nova vela é acrescentada até que se completem as nove. Outras tradições como brincar com o "sevivon" (pião) onde em cada lado dele estão escritas as iniciais da frase "nes gadol hayá sham" (um grande milagre aconteceu lá - em Israel) são válidas, e para quem está em Israel a última palavra da frase é "pó" (aqui). Também há o costume de servir alimentos como sonho com geléia (sufganyot) e panquecas de batata (latkes).




Um grande número de historiadores acreditam que a razão pelos oito dias de comemoração foi que o primeiro Chanucá foi de fato uma tardia comemoração do festival de Sucot, a Festa das Cabanas (Mac. x. 6 e i. 9). Durante a guerra os judeus não puderam celebrar Sucot propriamente. Sucot também dura oito dias, e foi uma festa na qual as lâmpadas tiveram um papel fundamental durante o período do Segundo Templo (Suc.v. 2-4). Luzes também eram acesas nos lares e o nome popular do festival era, portanto, segundo Flávio Josefo ([1] Antiguidades judaicas xii. 7, § 7, #323) o "Festival das Luzes" ("E daquela época até aqui nós celebramos esse festival, e o chamamos de Luzes"). Foi notado que os festivais judaicos estavam ligados à colheita das sete frutas bíblicas na qual Israel ficou famoso. Pessach é a comemoração da colheita da cevada, Shavuot do trigo, Sucot dos figos, tamareiras, romãs e uvas, e Chanucá das olivas. A colheita das olivas é em Novembro e o óleo de oliva ficaria pronto para o Chanucá em Dezembro.



Fontes bíblicas:

O milagre de Chanucá é descrito no Talmud, mas não nos livros dos Macabeus. Esse feriado marca a derrota das forças selêucidas que tentaram proibir Israel de praticar o judaísmo. Judas Macabeu e seus irmãos destruíram forças surpreendentes, e rededicaram o Templo. O festival de oito dias é marcado pelo acendimento de luzes com uma menorá especial, tradicionalmente conhecida entre a maioria dos Sefaradim como chanucá, e entre muitos Sefaradim dos Balcãs e no Hebraico moderno como uma chanukiá.
O Talmud (Shabat 21b) diz que após as forças de ocupação terem sido retiradas do Templo, os Macabeus entraram para derrubar as estátuas pagãs e restaurar o Templo. Eles descobriram que a maioria dos itens ritualísticos havia sido profanada. Eles buscaram óleo de oliva purificado por ritual par acender uma Menorá para rededicar o Templo. Contudo, eles encontraram apenas óleo suficiente para um único dia. Eles acenderam isso, e foram atrás de purificar novo óleo. Milagrosamente, aquela pequena quantidade de óleo queimou ao longo dos oito dias que levou para que houvesse novo óleo pronto. É a razão pela qual os judeus acendem uma vela a cada noite do festival.




No Talmud dois costumes são apresentados. Era comum tanto ter oito lamparinas na primeira noite do festival, e reduzir o número a cada noite sucessiva; ou começar com uma lamparina na primeira noite, aumentando o número até a oitava noite. Os seguidores do Shamai preferiam o costume anterior; os seguidores do Hilel advogavam o segundo (Talmud, tratado Shabat 21b). Josefo acreditava que as luzes eram um símbolo da liberdade obtida pelos judeus no dia em que Chanucá é comemorado.
As fontes talmúdicas (Meg. eodem; Meg. Ta'an. 23; comparar as diferentes versões Pes. R. 2) descrevem a origem do festival de oito dias, com seus costumes de iluminar as casas, até o milagre dito ter acontecido na dedicação do Templo purificado. Isso foi que o pequeno vasilhame de óleo puro que os sacerdotes Hasmoneus encontraram intocados quando eles entraram no Templo, tendo estado vedado e escondido. Esse pequeno montante durou por oito dias até que novo óleo pudesse ser preparado para as lamparinas do candelabro sagrado. Uma lenda similar em características, e obviamente mais antigo, é aquele aludido em Mac. 2 1:18 et seq., de acordo com o qual o reacendimento das luzes do fogo do altar por Nehemias foi devido a um milagre que ocorreu no vigésimo quinto dia de Kislev, e no qual parece ter sido dado como a razão para seleção da mesma data para a rededicação do altar por Judas Macabeu.



Livros dos Macabeus:

A história de Chanucá é preservada nos livros de Macabeus 1 e Macabeus 2. Esses livros não são parte da Bíblia Hebraica, mas são parte do material religioso e histórico deuterocanônico da Septuaginta; esse material não foi codificado mais tarde pelos judeus como parte da Bíblia, mas foi codificado pelos católicos e cristãos ortodoxos. Uma outra, provavelmente tardia, fonte é o Megillat Antiokhos — um texto escrito pelos próprios Macabeus por Saadia Gaon, e mais provavelmente escrito por volta do primeiro ou segundo século d.C.


Celebração:

A festa de Chanucá é celebrada durante oito dias, do dia 25 de Kislev ao 2 de Tevet (ou o 3 de Tevet, quando Kislev só tem 29 dias). Durante esta festa se acende uma Chanukiá, ou candelabro de 9 braços (incluindo o central e maior, denominado Shamash, ou servente). Na primeira noite acende-se apenas o braço maior e uma vela, e a cada noite se vai acrescentando uma vela, até que no oitavo dia o candelabro está completamente aceso. Este ritual comemora o milagre do azeite que queimou por oito dias no candelabro do Templo de Jerusalém.





Novas interpretações do Chanucá:

Antes do século XX, o Chanucá era um feriado relativamente menor. Contudo, com o crescimento do Natal como o maior feriado no Ocidente e o estabelecimento do estado moderno de Israel, o Chanucá começou a servir crescentemente tanto como celebração da restauração da soberania judaica em Israel e, mais importante, como um feriado para se dar presentes voltado para a família em Dezembro que poderia ser um substituo judaico para o feriado cristão. É importante notar que a substituição pelo Natal não é universalmente aceito, e muitos judeus não tomam parte nesta significação extra naquilo que eles consideram um feriado menor. Crianças judias, primariamente entre os Ashkenazim, também jogam um jogo onde eles giram um pião de quatro faces com letras hebraicas chamado de dreidel (סביבון "sevivon" em hebraico) .